Primeiro a gente tem que ser da
gente. Tem que se amar, se conhecer. Saber dos seus detalhes e do quanto fica
sexy quando prende o cabelo. Conhecer seus trejeitos e o tom da nossa voz.
Reconhecer suas qualidades e defeitos. É necessário saber o que te faz feliz, o
que te faz sorrir. Encontrar o filme preferido, mesmo que ele te faça chorar
rios, ou rir igual a uma foca. Você tem que aprender a caminhar sozinho, apenas
com seu amor próprio. Saber viver sem depender do amor dos outros. Saber ser
alegre comendo brigadeiro, sozinha, na madrugada. Descobrir seu corpo, seu
sorriso, as covinhas do seu rosto - ou a falta delas. Se encontrar na pessoa
refletida no espelho. Decorar cada detalhe sobre ela. E surpreende-la todos os
dias. Com um passo de dança novo. Uma risada diferente. Uma roupa mais ousada.
Fazer com que ela use aquele batom vermelho, que jurou nunca passar. E claro,
se sentir a pessoa mais confiante do universo. É preciso conhecer cada curva do
seu próprio corpo e do caminho que quer trilhar. Reconhecer cada sentimento
possível. Desvendar os segredos escondidos atrás desse sorriso, nem sempre,
sincero. Precisamos apreciar cada momento sozinho, e aproveitar esse momento
para conhecer um pouco mais de si. Conhecer cada vez mais nossa alma, nossos
sonhos, nosso desejos. Cada anseio. Amar os movimentos de cada fio de cabelo.
Confiar em cada passo que é dado. Acreditar em cada sonho. Acreditar em si
mesmo. Acreditar que é possível - e necessário - amar a si mesmo, antes de amar
aos outros. Pois está escrito: "Ama a teu próximo como a ti mesmo". Quem
não se ama, não ama ninguém. Quem não aprende a se amar, jamais aprenderá como
amar o próximo.
Aprenda a viver sozinho. Aprenda
a se amar. Conheça suas vontades, seus sentimentos. E ame cada centímetro do
seu corpo, do seu jeito, da sua personalidade.
E depois que aprender o seu
próprio amor, se entregue. Se jogue. Ame.