Há vezes em que o coração aperta com tanta
vontade, que parece jamais parar de doer. Fica rodeado de incertezas, dores e
saudade. É sufocado por sentimentos que, muitas vezes, nem existem. Um vazio
preenche o peito dos que realmente sabem sentir. Aqueles que sentem demais,
sofrem ainda mais com o vazio. A falta da palavra, do sorriso, da dor e do amor. O
sumiço da conversa, das brigas, do abraço e do sabor. Do gosto do beijo
roubado, ou daquele beijo que foi dado na certeza de que tudo seria para
sempre. Mas, já dizia o poeta: o pra sempre, sempre acaba. Sempre chega ao fim.
Ao vazio. Solidão. O fim das promessas de amor, que foram feitas no ápice de
uma vida. Quando acaba o beijo na testa, a mão entrelaçada, o arrumar de cabelo
e o colo roubado. A ida das palavras erradas ditas pela pessoa certa. Que
talvez não fosse tão certa, mas que era a certa pra mim. Palavras que tinham - e
tem - o poder de consertar tudo, de acalmar o mar do coração e evitar a solidão.
Expressões capazes de arrancar o tal vazio.
Há vezes em que o coração só queria
conversar. Uma troca de palavras com a pessoa errada. Mas na hora certa.
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